Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Florbela Espanca
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Monsanto
O trabalho do homem mistura-se com a Natureza, provocando situações como esta, em que uma casa se entranha na pedra.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Morte
Já foi uma flor cheia de cor. Depois, vítima do tempo que teima em não deixar de passar, secou. A beleza de então desapareceu e agora teima em relembrar-nos a finitude das coisas belas.
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